Portal de Eventos Científicos da UTFPR (EVIN), XXII Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UTFPR

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Influência de temperaturas extremas na ocorrência de infarto em idosos acima de 60 anos na região metropolitana de Curitiba
IARA DA SILVA, Leila Droprinchisk Martins, Daniela Sanches de Almeida, Elizabeth Mie Hashimoto

Última alteração: 2018-06-26

Resumo


OBJETIVO: Este estudo analisa a relação entre a ocorrência de dias com temperaturas extremas e o aumento nos casos de infarto do miocárdio (I21 –CID10) em idosos acima de 60 anos na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), de acordo com o cálculo do risco relativo. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) dias com temperaturas muito destoantes das médias registradas historicamente representam fenômenos extremos, a ocorrência desses eventos tem se tornado mais freqüente nos últimos anos devido às mudanças climáticas. Além disso, tem-se o crescimento evidente da população acima de 60 anos no Brasil. Para a análise foram utilizados dados diários de mortalidade, disponibilizados no sistema de dados do SUS – Sistema Único de Saúde (DATASUS), e dados meteorológicos obtidos do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Sistema Meteorológico do Paraná (SIMEPAR), sendo estes de temperaturas máximas e mínimas. O período de estudo compreende 16 anos (1996-2012) de dados diários analisados em três estações, localizadas na RMC. Dias sem dados meteorológicos foram preenchidos através de interpolação linear. Para a análise utilizou-se as variáveis meteorológicas como explicativas para o desfecho de mortalidade, visando obter as associações estatisticamente significativas. A regressão com distribuição binomial negativa foi escolhida para esse estudo, pois esse modelo é mais adequado nesses casos, minimizando a superdispersão através de um parâmetro que corrige a variabilidade dos dados (ALVARENGA, 2013). Com o parâmetro beta obtido do cálculo da regressão foi possível estimar o risco relativo (COELHO e MASSAD, 2012), que para os idosos acima de 60 anos na região metropolitana de Curitiba foi de 1,15 para as máximas com intervalo de confiança (1,0734 – 0,9605) para um aumento de 10°C, e 1,032 (1,037 – 0,925) para as mínimas.

 


Palavras-chave


Doenças circulatórias. Saúde pública. Temperaturas extremas