O Brasil, por ser um país de clima majoritariamente tropical, tem uma grande produção de maracujá. Fruta destinada em sua maioria a indústria de sucos, gerando resíduos que podem ser aproveitados. As sementes de maracujá são consideradas como boas fontes de ácidos graxos essenciais, ácido linoleico (LA,18:2n-6) e o alfa-linolênico (LNA, 18:3n-3) que podem ser dessaturados e alongados a outros ácidos o que resulta na produção de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa da série n-3 e n-6, que podem ser degradados no processo de extração de lipídios. O desenvolvimento de métodos de extrações a frio que utilizam solventes menos tóxicos e agressivos ao meio ambiente, tem sido estudado em alternativa a métodos tradicionais já conhecidos pela literatura, como o Bligh & Dyer. O método de extração proposto utilizou diclorometano e água (3:1,v/v) e 10 mL de etanol, obtendo em média 20% de lipídios totais.. Não houve diferença significativa na extração de lipídios totais em relação a metodologia proposta por Bligh & Dyer, prevalecendo os ácidos graxos essenciais.