Portal de Eventos Científicos da UTFPR (EVIN), XXII Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UTFPR

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A exclusão territorial dos novos empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida do contexto urbano de Curitiba
João Guilherme da Silva Arnas

Última alteração: 2018-06-07

Resumo


OBJETIVO: O artigo pretende relacionar a localização dos últimos empreendimentos curitibanos do PMCMV com os fragmentos da cidade dotados de infraestrutura. A partir disso, serão investigadas as implicações dessa lógica de produção de habitação no contexto socioespacial da capital paranaense. MÉTODOS: Para isso, mapearam-se os conjuntos construídos e entregues em 2016 e relacionados em uma tabela do Ministério das Cidades. Após, as localizações desses empreendimentos foram contrapostas com os eixos de adensamento, e de transporte, da cidade (IPPUC). Juntamente com esses mapeamentos, foi feita uma análise de mapas baseados no Censo de 2010 do IBGE, que representam a renda média dos bairros de Curitiba e dos bairros que concentram a maior produção da COHAB na cidade. Por fim, relacionaram-se essas informações com um mapa de evolução da ocupação urbana do IPPUC. RESULTADOS: A partir das análises e dos mapas produzidos, observou-se que a grande maioria dos empreendimentos do PMCMV destinados à população de baixa renda, têm sido locados em regiões periféricas da cidade, onde os bairros têm renda média inferior. CONCLUSÕES: Ao locar a população mais pobre às margens da cidade, onde os acessos são dificultados, o PMCMV reitera uma lógica de expansão urbana mais onerosa e um padrão histórico de segregação socioespacial. Isso tudo se dá a partir da negligência da dimensão urbana e do protagonismo concedido à iniciativa privada, ao se pensar no problema da habitação.

 


Palavras-chave


Habitação; Programa Minha Casa Minha Vida; Curitiba