O estudo dos movimentos oculares tem se tornado cada vez mais preciso com o passar dos anos. Acompanhando o avanço da tecnologia, rastreadores oculares (eye trackers) que inicialmente eram analógicos e intrusivos, como o criado por Huey na década de 20, hoje dispõem de tecnologia de iluminação infravermelha e processamento de imagens, capazes de coletar dados dos movimentos oculares em tempo real e transformar esses dados em informações contidas em software integrado. Dispondo desta tecnologia, analisou-se o processo de leitura de jovens universitários voluntários pela captação dos movimentos oculares pelo eye tracker. Os voluntários foram classificados em bons ou maus leitores de acordo com a metodologia do Procedimento Cloze, que dado um texto em lacunas a ser preenchido, uma pontuação é atribuída de acordo com o número de lacunas preenchidas corretamente. O estudo de caso foi feito tomando como base um texto de René Descartes e para o Procedimento Cloze usou-se o texto “Definitivo”, de Martha Medeiros, contendo 46 lacunas. Pôde-se observar discrepâncias no tempo de leitura, número de fixações, sacadas e regressões entre bons e maus leitores.