Compostos enantiomericamente puros possuem diversas aplicações, dentre elas na indústria farmacêutica e agroindústria, e estes podem ser obtidos por catalisadores enzimáticos. Alguns fatores podem causar a desnaturação das enzimas, portanto é necessário obter um catalisador mais estável em solvente orgânico e que possa ser utilizado em diversos ciclos sem perda da atividade catalítica. Assim, com o intuito de aumentar a atividade e a estabilidade da enzima, processos de imobilização vêm sendo utilizados. Como suporte para a imobilização de enzimas, os nanomateriais têm sido explorados devido as suas propriedades físicas e químicas. A partir dessas considerações, este trabalho teve como objetivo utilizar os nanotubos de titânio e de nióbio como suporte na imobilização das enzimas. Os nanotubos foram preparados através do método hidrotérmico usando NaOH, lavados com soluções de ácido e de água, e foram analisados através da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Difração de Raios-X (DRX). As reações orgânicas estudadas foram a aldólica e a de Mannich, utilizando diferentes lipases, e os produtos foram analisados por Ressonância Magnética Nuclear (RMN). Através do MEV e DRX foi comprovada a formação de nanotubos de titânio, e o RMN mostrou a proporção entre os diasteroisômeros formados nas reações. Com os resultados obtidos até o momento, foi possível verificar a formação do nanotubo de titânio, bem como a eficiência das lipases nas reações. Como perspectiva tem-se a imobilização dessas lipases nos nanotubos de titanio e aplicação deste sistema nas reações de adição aldólica e reação de Mannich.