Este trabalho tem como objetivo apresentar uma análise do processo de identificação de pausas e alongamentos, em sessão de autoconfrontação simples e cruzada. Para a realização deste trabalho foi utilizado o texto oral transcrito nas normas do projeto NURC (PRETI, 1999) de duas sessões de autoconfrontação simples e uma sessão de autoconfrontação cruzada realizada com dois professores voluntários do curso de Ciências Contábeis da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – Campus Pato Branco e dois mediadores. A autoconfrontação consiste, de maneira geral, em o sujeito observar imagens de si em atividade, e a partir delas refletir e dialogar. Na transcrição foram identificados os marcadores conversacionais linguísticos prosódicos que serviram de base para a análise. A fundamentação teórica se respalda primeiramente em Urbano (1997) que afirma que os Marcadores Conversacionais são elementos de variada natureza, estrutura, dimensão, complexidade semântico-sintática, aparentemente supérfluos ou até complicados, mas de indiscutível significação e importância para qualquer análise de texto oral e para  sua boa e cabal compreensão. (URBANO, 1997 p, 81). Para a análise dos dados é considerado que um indivíduo tem a capacidade de expressar e compartilhar com os outros membros de seu grupo social o entendimento que tem da experiência comum ao grupo (VIGOTSKI, 2007, p.165-166) sendo assim, a língua se deduz da necessidade do homem de expressar-se, de exteriorizar-se (BAKHTIN, 1997, p.162). Também foi abordado o conceito de zona de desenvolvimento proximal de Vigotsky (2007).