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Avaliação da atividade antibacteriana e antioxidante do óleo essencial obtido de Commiphora myrrha (Mirra)
GABRIELLI VAZ SAMPAIO

Última alteração: 2018-06-23

Resumo


O objetivo deste trabalho foi determinar a eficiência do óleo essencial de Commiphora myrrha contra quatro diferentes cepas microbianas recorrentes em doenças infecciosas. Além disso, determinou-se a concentração inibitória e bactericida mínima e a atividade antioxidante do composto. As análises microbiológicas foram realizadas pela técnica de microdiluição em placa. O óleo de Mirra foi obtido por hidrodestilação da resina da planta Commiphora myrrha e para avaliar a atividade antibacteriana desta substância foram testadas concentrações entre 200 e 0,08µL/mL. A atividade antioxidante foi determinada através da capacidade sequestrante do radical DPPH•(2,2-difenil-1-picrilhidrazil). Também foi avaliada a atividade antioxidante pelo método ABTS•+ [2,2-azino-bis-(3-etil-benzotiazolina-6-ácido sulfônico)]. Os resultados obtidos demonstraram que o óleo essencial de C. myrrha apresentou atividade antioxidante com valores de 755,76 ± 9,69 µmol Trolox g-1 e 4965,74 ± 0,10 µmol TEAC g-1 para o ABTS. O óleo demonstrou ser mais efetivo contra a bactéria S. aureus com uma CIM e CBM de apenas 3,12µl/ml. As demais bactérias também apresentaram sensibilidade ao óleo essencial, porém, com uma CIM superior (25 µl/ml). Foi observado que, não houve divergências entre a CIM e a CBM para todas as bactérias testadas. A cepa P. aeruginosa foi resistente ao antibiótico ampicilina em todas as concentrações testadas, no entanto, foi sensível ao óleo essencial avaliado. Isto demonstra a importância do estudo de substâncias naturais como coadjuvante no tratamento de doenças onde há bactérias resistentes aos antibióticos conhecidos. Portanto conclui-se que o óleo essencial de C. myrrha apresenta um excelente potencial bactericida para as cepas testadas.



Palavras-chave


bactérias patogênicas; antimicrobianos naturais; metabólitos secundários de planta