O controle químico é a alternativa mais adotada no combate a pragas e vetores, sendo observados efeitos deletérios devido à exposição à xenobióticos. O pesticida organofosforado clorpirifós (Lorsban® 480 BR), apresenta alta toxicidade em mamíferos. No entanto, foi o 9º ingrediente ativo mais vendido no país em 2015. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a ecotoxicidade do Lorsban® antes e após degradação por fotólise (radiação UVC) e processo UV/H₂O₂. A ecotoxicidade aguda foi avaliada através dos ensaios com o microcrustáceo Daphnia magna e larvas de Aedes aegypti. Através do bioensaio com Daphnia magna, constatou-se a redução de até 85,5 % da toxicidade após tratamento por fotólise, e 82 % após processo UV/H₂O₂, contudo, os menores valores de fator de toxicidade foram observados na degradação por fotólise. Mediante ensaios com Aedes aegypti, observou-se a remoção completa da atividade larvicida a partir de 60 minutos de tratamento por fotólise e em 60, 90, 120 e 480 minutos de degradação UV/H₂O₂. Os ensaios ecotoxicológicos com D. magna e larva de A. aegypti indicaram maior eficiência da fotólise para a redução da toxicidade do produto comercial Lorsban® 480 BR.