Última alteração: 2019-03-20
Resumo
OBJETIVO: Monitorar, de forma automatizada, o comportamento da temperatura em reatores de compostagem de resíduos orgânicos domiciliares, poda de árvores, na presença de biopolímeros. MÉTODOS: Foram montados seis reatores contendo 36L de resíduos orgânicos e 60L de poda de árvores. Em dois reatores, considerados como tratamento Testemunha (T0), manteve-se apenas esta composição; em dois reatores foram inseridos biopolímeros a base de amido, glicerol e PLA (poli ácido lático) (T1) e em outros dois reatores, biopolímeros com a mesma composição, porém acrescidos de casca de aveia (T2). O estudo foi conduzido por 60 dias e realizou-se o monitoramento da temperatura de forma automatizada em cinco pontos de cada reator. Os sensores foram ligados em uma placa arduíno com sistema registrador de dados, junto a um sistema de tempo real, permitindo a coleta e armazenamento de dados de temperatura a cada 10 minutos. Monitorou-se também a temperatura ambiente. RESULTADOS: A fase termofílica teve início logo no segundo dia após o início da compostagem mantendo-se até o 6º dia para T1 e T2, se estendendo até o 7º dia para T0. T2 apresentou o maior pico de temperatura, 46,7ºC no 7º dia de compostagem. Notou-se diferença entre os pontos amostrados no mesmo reator, com oscilações de até 18,7 ºC num mesmo horário. CONCLUSÃO: A presença dos biopolímeros não interferiu negativamente no desempenho dos reatores de compostagem, no que diz respeito à temperatura. É fundamental o controle da temperatura com alta frequência de tomada de dados para subsidiar as decisões quanto ao manejo.