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Os espaços públicos têm papel fundamental na dinâmica da cidade como o local típico da vida política e pública. Assim como a cidade, esses locais estão sujeitos a diferentes conflitos a partir dos diversos interesses do Estado, forças produtivas e frações da sociedade. Os espaços públicos vêm sofrendo um processo de sucateamento, redução e homogeneização, a fim de valorizar os ambientes sob controle privado. Como resposta, uma série de ações populares, organizadas em coletivos, insurgem pela manutenção e ampliação dos espaços e da vida pública, questionando o modelo de produção da cidade. O presente artigo tem como objetivo analisar as práticas e a forma de organização dos coletivos urbanos, a fim de traçar um panorama do ativismo urbano na luta pelos espaços públicos na cidade de Curitiba. Para tanto, serão analisados, com base em entrevistas e pesquisa bibliográfica, três estudos de caso: a Praça de Bolso do Ciclista (Centro), o Parque Gomm (Batel), e o Parque Bom Retiro (Bom Retiro). Como resultado da pesquisa percebe-se que esse ativismo de identidade fluida, apoiado nas redes sociais, encontra no espaço público, o lugar para materializar suas ações, expressar seus desejos, e concretizar projetos, firmando as inter-relações entre coletivos, movimentos ativistas e membros da comunidade.

Ativismo urbano; Coletivos Urbanos; Conflitos Urbanos; Espaço Público