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Antibióticos residuais podem causar o fenômeno da resistência antimicrobiana, caracterizada pela capacidade das bactérias presentes no meio serem tolerantes aos efeitos dos antibióticos. As técnicas avançadas destinadas a tratamentos específicos ou a contaminantes persistentes apresentam alto custo de implantação e operação, com isso vêm sendo preteridos por sistemas alternativos ou pelo uso de biomassas mediante os processos de bioacumulação e biossorção. A biossorção é um processo passivo, onde a captura é realizada mesmo estando à biomassa inativa. Sendo assim, propõem-se a aplicação de biomassa de macrófita aquática visando a biossorção do antibiótico ciprofloxacina. As plantas foram colhidas em reservatórios da Região Oeste do Paraná e após devidamente limpas e secas foram trituradas e tratadas por imersão em KOH, H₃PO₄ e ZnCl₂ 1,0 mol L^-1 por 24 h Após sucessivas lavagens e nova secagem foram acondicionadas para uso. Foi determinado o ponto de carga zero (PCZ) para cada tratamento incluindo a biomassa in natura. Foram aplicados os delineamentos experimentais do tipo fatorial completo 2³ como inicial e DCCR 2³ para otimização. Os ensaios ocorreram em batelada a temperatura ambiente e sob agitação durante 20 h seguindo os valores definidos para cada planejamento. Os valores do pH no ponto de carga zero foram de 6,5 para a casca sem tratamento e ZnCl₂, 2,5 para o H₃PO₄ e 9,0 para o KOH. Houve melhor resposta para a biossorção do CIP em pH alcalino e menores quantidades de biomassa. Para a biomassa sem tratamento e com KOH a remoção sugerida foi de 60% (pH de 9 a 12 e massa em torno de 0,04 g). Para esses mesmos valores observou-se que o biossorvente contendo H₃PO₄ chegou a remoções de 30%. O tratamento com ZnCl₂ atingiu remoções também de 60% em pH na faixa de 10 a 12 e massa de até 0,2 g. A utilização de biomassa de macrófita aquática no processo de adsorção de CIP mostrou-se atrativa conforme os resultados obtidos.