As mudanças climáticas estão acelerando o processo de perda de biodiversidade nos últimos anos, principalmente espécies de água doce. Esses ecossistemas abrigam 10% de todos os animais do planeta e são considerados hotspots de biodiversidade. Neste contexto as ferramentas de modelo de nicho ecológico e o Sistema de Informação Geográfica (SIG) são importantes na conservação de espécies pois podem indicar quais áreas são prioritárias para a conservação, além mapeá-las de forma eficiente. A espécie escolhida para este estudo foi Piaractus mesopotamicus popularmente conhecido como pacu. Esta espécie é a segunda espécie nativa do Brasil mais cultivada em cativeiro, porém suas populações em ambientes naturais vem decrescendo ao longo dos anos.  Para realizar a modelagem, foram utilizados pontos de ocorrência e variáveis bioclimáticas a eles associadas, e o consenso de diferentes modelos matemáticos foram utilizados para gerar as predições para o presente e para o futuro. Os resultados indicaram que a espécie tem ampla distribuição no rio Paraná, porém as previsões futuras indicam que a espécie vai ter seu habitat restrito aos tributários da margem direita do alto Paraná, aos quais se destacam os rios Paranapanema, Ivaí e Tietê. Portanto as áreas que devem ser considerada prioritárias para a conservação da espécie se distribuem ao longo desses três rios.