Uma alternativa viável para a diversificação da matriz energética é o uso de biocombustíveis, cujas principais vantagens são a baixa presença de enxofre e a neutralidade à emissão de CO₂, gerando um baixo impacto ambiental. Para que a biomassa seja utilizada de forma eficiente, faz-se necessário determinar suas propriedades físico-químicas, especialmente para seu uso em processos de conversão para a geração de energia. Neste estudo, foi avaliado o potencial combustível de diferentes biomassas residuais por meio da análise imediata em analisador termogravimétrico e em forno mufla, e por meio do cálculo do poder calorífico por diferentes correlações. Nove resíduos sólidos da região sul do Brasil foram selecionados para o estudo: cana-de-açúcar, casca de pinhão, casca de uva, farelo de trigo, serragem de madeira, bagaço de maçã e três formas de erva-mate. De acordo com os resultados, a biomassa de casca de uva apresentou o maior teor de matéria volátil (78,6%) e o menor teor de carbono fixo (11,9%) em relação às demais amostras. Por outro lado, a casca de pinhão, apresentou o menor teor de voláteis (65,4%) e o maior teor de carbono fixo (25,4%), possuindo também o maior poder calorífico superior, de 20,2 MJ kg-1, mostrando seu elevado potencial combustível.