O aproveitamento de farelo de arroz desengordurado (FAD) como substrato para fermentação alcoólica é conveniente devido ao seu alto teor de carboidratos. Para incrementar a produtividade de bioetanol, a aplicação de ultrassom em baixa frequência é favorável, uma vez que pode ocasionar o estímulo celular. Neste trabalho, aplicou-se ultrassom na fermentação alcoólica de hidrolisado de FAD, avaliando-se o efeito sobre a produtividade em etanol logo após o estímulo. Após a hidrólise enzimática do FAD (condições anteriormente definidas), a fermentação alcoólica foi conduzida em Erlenmeyers de 500 mL (225 mL do hidrolisado, 30 oC, 100 rpm, 10 h, 10% (v/v) de inóculo de S. cerevisiae). Aplicou-se o ultrassom por 15 minutos de forma intermitente (5 s de intervalo), variando-se o tempo de exposição (5-15 s) e a potência do equipamento (40- 100%), baseando-se em dois planejamentos fatoriais completos: um com aplicação na 2ª h de fermentação e outro, na 4ª h. A concentração de etanol foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência. A potência do ultrassom não interferiu na produtividade de bioetanol, porém, o tempo de exposição mostrou-se significativo. A aplicação do ultrassom na 4ª h de fermentação durante 15 s foi a que resultou em maior produtividade, alcançando-se cerca de 1,5 g·(L·h)-1 , representando mais que metade da produtividade total média de todos os ensaios dos dois planejamentos ao final das 10 h de fermentação (2,3 g·(L·h)-1 ). Assim, o estímulo ultrassônico foi favorável e com maior efeito quando aplicado na fase exponencial de crescimento celular.