As ligas amorfas ou vidros metálicos são materiais metaestáveis nos quais não ocorre a formação da estrutura cristalina regular. O efeito dessa estrutura amorfa no comportamento magnético e nas propriedades magnetocalóricas é de grande interesse tecnológico. Esse efeito é a habilidade de um material variar sua temperatura em função do campo magnético aplicado e é a propriedade responsável por empregar esses materiais em refrigeradores magnéticos, os quais são estudados para viabilização de sua produção e com isso a substituição do modelo convencional. Para previsão de composições de ligas com maior tendência à formação de fase amorfa (TFA) são utilizados critérios, entre eles, o critério log(Rc). Este critério combina dois parâmetros: um baseado na instabilidade topológica das fases cristalinas e outro baseado na entalpia de mistura dos elementos de liga. A partir dele, duas estequiometrias foram obtidas, as quais apresentaram menores valores para a taxa de resfriamento necessária para amorfização da liga, ou seja, alta TFA. Além disso, foi estudado o efeito da adição de elementos (Fe, Co, Y e Al) na liga Gd-Ge-Si com o intuito de aumentar a TFA e/ou obter melhores respostas magnéticas. As amostras foram caracterizadas por meio de medidas magnéticas, microscopia ótica, MEV, DRX e DSC. Nas amostras obtidas pelo critério, constatou-se presença de fase amorfa, condizentes com os resultados obtidos pelo diagrama ternário. Com a adição de elementos, observou-se a formação de estrutura amorfa e nanocristalina e que isso aprimorou a TFA da liga e, assim, o seu comportamento magnético. Nas curvas de MxT, foram observadas transições de primeira-ordem em torno de 300 K, características de uma transição magneto-estrutural que apresenta alto valor de variação entrópica, favorável ao EMC.

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