A presença de resíduos vítreos em grande quantidade no lixo doméstico e industrial é um problema iminente para todas as cidades do Brasil visto que não há uma destinação específica para esse material. Esse volume residual aliado com a necessidade de um longo período de tempo para que a degradação do vidro ocorra caracteriza-se como um problema ambiental e financeiro, gerando situações dificultosas a muitas empresas do setor, que se veem sem um destino para o montante de vidro produzido por elas mensalmente e acabam efetuando seu descarte em locais inadequados. Neste panorama, o reaproveitamento desse material se apresenta como uma alternativa vantajosa, pois o vidro, quando limpo, é totalmente reciclável. O presente trabalho tem como objetivo verificar a viabilidade técnica da utilização de vidros planos, provenientes de vidraçarias, como substituto da areia no concreto para fins estruturais. A pesquisa foi realizada utilizando vidro moído como substituição do agregado miúdo, nas porcentagens de 0, 25, 50, 75 e 100%. Foram moldados 6 corpos-de-prova em cada porcentagem de substituição e rompidos aos 28 dias. Os resultados obtidos foram satisfatórios, pois todas as porcentagens de substituição tiveram um acréscimo na resistência à compressão em comparação com o concreto padrão. Representando, além de um destino para os resíduos domésticos e industriais, economia de energia, preservação de um recurso natural finito e inovação tecnológica.