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População camponesa e educação: um estudo em Cornélio Procópio
Última alteração: 2020-09-20
Resumo
Este texto tem como objetivo conhecer as condições de acesso à educação da população camponesa do município de Cornélio Procópio e, assim, pensar a atuação dos professores nesses contextos. Dessa forma, é feita uma discussão sobre alguns desafios para a equidade e a garantia da educação para populações camponesas, a partir dos pontos de vista de três professores de matemática de uma escola da rede estadual do município de Cornélio Procópio (estado do Paraná) que recebe um número expressivo de estudantes oriundos da zona rural. As entrevistas com os professores evidenciaram a invisibilidade do campo, em vários aspectos: primeiro, os estudantes do campo são tantos, mas ninguém sabe ao certo quem são; segundo, as dificuldades de acesso à escola que eles sentem todos os dias são (quando são) toleradas, mas não problematizadas; terceiro, a adequação de materiais didáticos limita-se a troca de palavras por objetos ditos rurais, sem considerar que outros fatores – sociais, econômicos, culturais etc. – compõem a realidade dos estudantes; quarto, não se coloca em questão a existência de uma matemática desenvolvida na cultura camponesa; e, quinto, a construção de escolas do campo parece estar fora de cogitação para sanar problemas evidentes (e notados pelos professores) que têm esses estudantes.
Palavras-chave
Educação do Campo. Escolas do campo. Professores de matemática. Cornélio Procópio
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