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Estudo da penetração de cloretos em concretos expostos a dois anos em ambiente marinho
Última alteração: 2020-05-23
Resumo
A penetração de cloretos no concreto armado é uma das principais causas de corrosão nas armaduras e consequente deterioração das estruturas de concreto. O ambiente marinho é uma das principais fontes de íons cloreto que deteriora estruturas de concreto, seja pela névoa salina ou por respingos de maré. A costa brasileira tem mais de 9.000 km e tem centenas de cidades com construções muito próximas ao mar que sofrem com corrosão de armaduras pela penetração de íons cloreto. Atualmente, os códigos de projeto brasileiros consideram o ambiente marinho como uma mesma região com os mesmos critérios de projeto para o cobrimento das armaduras. Neste contexto, este estudo avalia a penetração de cloretos em corpos de prova prismáticos de concreto armado de 30 MPa, que foram deixados em exposição natural por mais de 2 anos, em diferentes condições de exposição interna e externa a uma edificação em frente ao mar, uma edificação localizada a 700 m do mar, na margem de uma lagoa a 200 m do mar e também em uma região de respingos de maré em rochas que estão dentro do mar, na cidade de Barra Velha, no estado de Santa Catarina, no Sul do Brasil. Foram coletadas amostras dos concretos em até 10 mm de profundidade para estimar pelo método de Volhard a quantidade de cloretos que penetrou nos concretos em 7 diferentes locais de exposição próximos ao mar. Os concretos expostos externos à edificação e mais próximos do mar foram os que tiveram os teores de penetração de cloretos mais elevados em até 3x mais quando comparados aos que ficaram expostos internos à edificação e distantes do mar. Estes corpos de prova continuam expostos nos mesmos locais para futuras avaliações da penetração de cloretos.
Palavras-chave
Cloretos; corrosão; ambiente marinho