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Atualmente, 55% da população mundial vive em áreas urbanas, com projeções de chegar a 68% em 2050, segundo a ONU. Uma das consequências diretas da urbanização é a ilha de calor urbana (ICU), no qual a temperatura no centro da cidade é maior que em subúrbios e áreas rurais ao seu redor, o que demonstra como a mudança no uso do solo pode interferir no clima local. Neste estudo, combinamos dados de sensoriamento remoto e observações in situ para investigar as características espaço-temporais da ICU na cidade de Londrina (PR) no período de 27 de agosto a 14 de dezembro de 2018. Coletamos dados de temperatura do ar com sensores instalados em dez pontos da cidade e executamos perfis verticais de temperatura utilizando um sensor acoplado a um drone. Os sistemas meteorológicos tiveram um efeito sobre a intensidade da ICU, com valores altos (média horária de 11 °C) sob sistemas de alta pressão e modesto (média horária de 0,5 °C) durante passagens de frente frias. Através dos perfis verticais, observou-se que o efeito da ICU ultrapassou a altura média dos edifícios. O estudo mostrou como a população pode ser afetada pela ICU, desde a superfície até o topo dos edifícios.

Ilha de calor urbana. Estrutura térmica tridimensional. Clima urbano.