O trabalho teve por objetivo investigar sobre a objetivação dos saberes para ensinar frações equivalentes em livros didáticos, guias e manuais pedagógicos (1950-1980). A pesquisa distingue a matemática a ensinar e a matemática para ensinar como saberes de natureza diferente, constituídos ao longo do tempo, e que merecem ser estudados e problematizados por meio de uma investigação histórica. Adota como referência estudos que colocam os saberes como foco da análise da profissão docente, bem como textos vindos da história cultural, que possibilitam análises em termos da existência de uma cultura escolar. Para essa pesquisa foram analisados um manual pedagógico, dois guias do professor e um livro didático, todos da década de 1960 e 1970. Conclui-se que apesar do livro enfatizar a importância da criança compreender os conceitos básicos das frações, ainda é recorrente a ênfase ao algoritmo para ensinar as frações equivalentes. Nas orientações dos guias e manuais pedagógicos, há estratégias para ensinar por meio de materiais manipuláveis e retomadas de conteúdos. Desta forma, percebe-se uma preocupação em melhorar a relação entre os saberes a ensinar e para ensinar frações equivalentes.