A Eugenia uniflora é uma espécie arbórea pertencente à família Myrtaceae nativa da Mata Atlântica Brasileira conhecida no Brasil com pitangueira, e também por seus frutos populares , que possuem sementes grandes quando igualadas a polpa dos frutos, o que de maneira econômica  torna o processo de retirada da polpa  mais trabalhoso para  indústrias, diminuindo o uso da espécie ou o valor de mercado. Com a ocorrência de acessos da espécie sem a presença de sementes (acesso apirênico), estes poderiam fomentar a produção nas indústrias alimentícias, de cosméticos e até mesmo farmacêutica e para a propagação da espécie. Assim, o presente estudo visou compreender, a partir da citogenética, quais são os fatores que originaram a ocorrência desse processo   de ausência e/ou desenvolvimento incompleto das sementes.  O presente trabalho foi desenvolvido em uma pitangueira matriz de desenvolvimento apirênico presente em uma área de campo na UTFPR – DV, além de identificar o ápice da fenofase floração. Foram coletados 200 botões florais de pitangueiras sem sementes, escolhidos em pré-antese de diferentes tamanhos foram coletados e separados em cinco tamanhos, fixados em fixador Carnoy, e transferidos para álcool 70% onde encaminhados para analises no Laboratório de Citogenética da UNICENTRO, PR. Como resultado, concluiu-se que a presença de gametas não reduzidos (2n) no acesso apirênico da pitangueira ocorreu de forma espontânea, levando a formação de produtos meióticos irregulares, tríades, resultando na produção de frutos sem sementes.