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No presente trabalho investigou-se o efeito do tempo de nanotexturização de implantes de Ti-cp e Ti6Al4V na morfologia, molhabilidade e no uso desses biomateriais para liberação de benzocaína. Na nanotexturização, aplicou-se um potencial (25 V) em temperatura constante (40 °C) durante 10 e 30 min usando substratos com 2 cm² de área geométrica. Utilizou-se uma solução organo-aquosa (9,5% v/v de água, 0,5% de SBF (Simulated Body Fluid) e 0,75% m/m fluoreto de amônio em etilenoglicol). As amostras foram caracterizadas por MEV e ângulo de contato. A incorporação do fármaco ocorreu pelas técnicas de top filling e imersão. Para a quantificação de massa de fármaco liberada, as amostras foram imersas em água ultrapura a 37 °C. Os resultados indicam que a auto-organização dos nanotubos é inversamente proporcional ao tempo de síntese. As curvas de liberação para as duas técnicas apresentaram comportamentos diferentes devido a interação das moléculas do fármaco com a superfície dos coatings. Quanto maior essa interação, maior será o tempo de retenção do fármaco. Sendo assim, os resultados mostram a viabilidade da nanotexturização para a obtenção de implantes para a liberação retardada de benzocaína.

Anodização; Biomateriais; Nanotubos