O maracujá é uma fruta muito utilizada na indústria para produção de suco, que em sua maioria não possuem programas de reaproveitamento dos resíduos gerados. O presente trabalho visa buscar um destino mais nobre para as sementes de maracujá, buscando a extração de seus compostos bioativos antioxidantes. Foram preparados 4 extratos com as sementes liofilizadas: EtOH:H₂O e MeOH:H₂O nas proporções 70:30 (v/v) e 95:5 (v/v). Os composto bioativos foram quantificados por métodos colorimétricos. Observou-se a influência do solvente extrator, sendo o solvente MeOH:H₂O 95:5 o mais eficiente na extração de fenóis totais e EtOH:H₂O 70:30 para flavonoides. Altos teores de antocianinas (4,74 ± 0,20  mg 100 g^-1) e flavonoides amarelos (47,39 ± 0,36 mg 100 g^-1) foram quantificados. A análise de atividade antioxidante foi realizada pelo método do sequestro do radical DPPH. Todos os extratos apresentaram alta atividade e cinética rápida de consumo do radical. Em 30 minutos, os extratos MeOH:H₂O 70:30 e EtOH:H₂O 70:30 e 95:5 foram os que apresentaram maior potencial antioxidante (acima de 90%). A semente de maracujá, resíduo da indústria, mostrou-se promissora como fonte de componentes bioativos antioxidantes, sugerindo sua aplicação nas indústrias de alimentos, cosméticos e medicamentos.