O quadro das doenças pulmonares crônicas é alarmante em todo mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 135 milhões de pessoas sofrem de asma, sendo 6,4 milhões apenas no Brasil. Já a rinite alérgica está presente em torno de 20 a 25% da população mundial e 29,6% dos jovens brasileiros, conforme o estudo ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood) realizado no Brasil. Este trabalho usa a ciência cidadã para extrair dados da população brasileira a respeito de sintomas alérgicos, locais de maior ocorrência e sua intensidade. O aplicativo chamado Brazil Breathing foi lançado em maio de 2019 e coletou dados dos seguintes sintomas: coceira nasal, ocular, respiração e cansaço. Além disso, foram monitoradas seis poluentes atmosféricos para subsequentemente fazer a ligação com a ocorrência de sintomas alérgicos. Os estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina reportaram maior número de usuários do aplicativo, com junho e julho de 2019 se destacando como meses mais severos em sintomas alérgicos. O período de maio a agosto de 2019 registrou as maiores concentrações de NOx e CO, sugerindo uma relação entre sintomas alérgicos e poluição do ar.