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Direito a pecar: Caim, de José Saramago e a construção simbólica do pecado
JOAO VICTOR ARCEGA SIMINO, ROGERIO CAETANO DE ALMEIDA

Última alteração: 2020-10-28

Resumo


Este trabalho traz uma análise do livro Caim (2009), de José Saramago, sob a perspectiva da construção simbólica da figura do pecado como instrumento de libertação humana. Foram analisadas as figuras de Adão, Caim e Deus nos primeiros e últimos capítulos do livro, utilizando as teorias da polifonia, carnavalização e sátiras menipeias, de Mikhail Bakhtin (2010). Partimos da hipótese de que José Saramago defende um direito ao pecar e buscamos identificar os elementos utilizados para tanto. Na análise verificamos, a partir da figura da maçã, que o pecado toma duas formas distintas: a) transgressão; b) conhecimento. Ao sintetizar essas duas formas, concluímos que José Saramago constrói a figura simbólica do pecado enquanto controle moral da consciência humana através da censura do conhecimento.

Palavras-chave


José Saramago. Literatura Portuguesa. Bíblia e Literatura.

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