A pesquisa contempla o monitoramento da concentração de radônio, gás naturalmente radioativo, em dois ambientes residências, realizado por meio de método passivo, no qual detectores de estado sólido de traços nucleares (CR-39) foram acoplados a câmaras de difusão em duas configurações distintas. Na configuração padrão, usualmente utilizada para este tipo de monitoramento, o detector fica sujeito às emissões alfa do gás radônio Rn-222 presente na atmosfera da câmara de difusão. Na configuração invertida, que simula uma exposição com “detector aberto” (bare detector), as emissões da progênie do gás atingem o detector em maior quantidade, se comparado às emissões do radônio no interior da câmara. Através da comparação entre a atividade radioativa mensurada pelos detectores em ambas configurações concluiu-se que a câmara de difusão, utilizada pelo Laboratório de Física Nuclear Aplicada (LFNA-UTFPR) para o monitoramento de radônio em ambientes de fato contribui para que a atividade radioativa mensurada refira-se, em maior parte, à concentração de atividade de Rn-222 e não à de sua progênie.