Um dos maiores problemas durante a reentrada de um veículo espacial na atmosfera é o aquecimento aerodinâmico que ocorre na parte frontal do veículo. Tendo em vista isso é preciso desenvolver um sistema de proteção térmica para garantir a integridade deste veículo até chegar ao solo. Logo, é necessária uma estimativa da carga térmica na região do ponto de estagnação do veículo, a qual é obtida através de uma integração do fluxo de calor em relação ao tempo de trajetória. Foi utilizado no presente trabalho a linguagem de programação Fortran 90/95 para implementar o modelo atmosférico de 1976, bem como os métodos de fluxo convectivo. Além, da implementação do modelo de cálculo das propriedades termodinâmicas após a onda de choque, normal ao ponto de estagnação do veículo, que se forma durante um voo supersônico. Para isso foi utilizado o modelo de gás perfeito e equilíbrio termodinâmico. Considerando uma temperatura na parede do corpo de 1000 K, foram obtidos fluxos de calor da ordem de 2,0 MW/m² e cargas térmicas na ordem de 200 MJ/m².