As grandes transformações climáticas alertam sobre a necessidade de renovação da matriz energética. Para isso, é fundamental focar no uso de fontes renováveis de energia com menor emissão de gases de efeito estufa. Nesse trabalho, buscou-se caracterizar e avaliar o potencial energético do bagaço de maçã residual. Foram aplicados dois modelos isoconversionais integrais para o ajuste cinético, KAS e STK, sendo que os dois obtiveram valores de energia de ativação próximos, de 167,53 ± 48,09 kJ mol^-1 e 167,78 ± 48,09 kJ mol^-1, respectivamente. Os valores de R² foram todos maiores que 0,9980, demonstrando o ótimo ajuste dos dados experimentais aos modelos. O fator pré-exponencial obtido pelo modelo de KAS foi de 1,51×10¹⁶ min^-1 para a pirólise do bagaço de maçã, indicando que o processo ocorre de forma reativa e por reações químicas simples. A análise termodinâmica provou que a reatividade dessa biomassa em processos de conversão é favorável (∆S = 0,0163 kJ mol^-1 K^-1) e de natureza endotérmica (∆G = 174,733 ± 0,572 kJ mol^-1) necessitando de energia externa para ocorrer (∆H = 184,733 ± 0,140 kJ mol^-1). De acordo com os resultados deste trabalho, o bagaço de vinagre de maçã é um resíduo agroindustrial com alto potencial bioenergético.