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Durante o processo de industrialização da erva-mate ocorre a geração de bio-resíduos, que são fonte de compostos bioativos. Neste trabalho objetivou-se obter extratos destes bio-resíduos (EP-extrato palito e EF-extrato folha) e nanoencapsulá-los (NP-nanopartículas palito e NF-nanopartículas folha) e avaliar sua bioatividade. O procedimento foi em única etapa para extração dos compostos e nanoprecipitação. Os extratos e as partículas obtidas foram caracterizados por: TGA, DSC, FTIR, morfologia e tamanho de partículas. As bioatividades avaliadas foram quanto a capacidade antioxidante e atividade do efeito inibitório da enzimática α-amilase pancreática suína. A análise de FTIR permitiu a identificação de bandas de OH, -CH e C=C características de anéis aromáticos e de compostos fenólicos, identificou-se também a presença de amida nos extratos puro e reticulação entre os extratos puros e a zeína com NaCas quando nanoecapsulados. As análises térmicas indicaram a zeína como uma boa matriz encapsulante, as partículas apresentaram estruturas nanométricas com formatos esféricos e as amostras possuem atividade antioxidante, sendo que apenas NP diferenciou estatisticamente apresentando IC₅₀ maior, para a α-amilase somente NF apresentou inibição. Conclui-se então, que o extrato da erva-mate foi encapsulado com sucesso e possui capacidade antioxidante promissora, enquanto para a inibição da enzima alfa-amilase há baixa atividade inibitória.

Ilex Paraguariensis; antioxidantes; biodisponibilidade; nanoencapsulação.