Portal de Eventos Científicos da UTFPR (EVIN), XXVI Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UTFPR

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E viva a rosa: MPB, folclore e resistência na prática dos multiletramentos
Giovana Lucas, Ana Paula Pinheiro da Silveira

Última alteração: 2021-10-15

Resumo


A partir da frequência com que a figura da rosa ou da roseira, elementos resgatados do folclore nacional, aparece nas canções brasileiras do período da Ditadura Militar (1964-1985), e da importância do estudo dos gêneros multimodais em sala de aula, o objetivo deste artigo foi identificar a significação da rosa na Música Popular Brasileira (MPB) e compreender como essa significação se constrói. A partir disso, buscou-se entender os elos entre a MPB, o nacionalismo que envolve o resgate do folclore por Heitor Villa-Lobos no início do século XX e a obra “A Rosa do Povo” (1945), de Carlos Drummond de Andrade. Após a delimitação do recorte e estudo dos temas, foi escolhida como metodologia a Semiótica Discursiva e houve um aprofundamento na bibliografia dos Multiletramentos Críticos. A análise envolveu a escuta de quatro canções do período entre 1967 e 1979, em suas versões de lançamento em disco, considerando as escolhas técnicas musicais e a construção verbal. Como resultado, a rosa manteve um enfoque positivo (elemento de euforia), com significação aliada à ideia de resistência, e a metalinguagem obteve destaque. Percebe-se que, ao assumir engajamento poético, o artista carrega ideologia tanto na forma quanto no conteúdo.

 


Palavras-chave


Canção; Multiletramentos Críticos; Música Popular Brasileira (MPB); Semiótica Discursiva; Carlos Drummond de Andrade

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