Última alteração: 2020-11-08
Resumo
As usinas de obtenção do açúcar e do etanol geram grandes quantidades de bagaço da cana-de-açúcar, parte é destinada para alimentação da caldeira para geração de energia, e outra pequena parte é destinada para geração de bioenergia, mesmo assim toneladas do bagaço continuam sem destinação e ficam empilhadas nos pátios das usinas. As fibras do bagaço são ricas em componentes lignocelulósicos. As metodologias disponíveis para extração de lignina foram desenvolvidas para madeira, e quando aplicados em bagaço da cana-de-açúcar, não apresentam os melhores resultados. O objetivo desse trabalho foi avaliar as diferentes metodologias de extração de lignina em termos de alterações estruturais provocadas pelo procedimento de extração. Por meio de espectroscopia vibracional na região do infravermelho foi possível verificar que a lignina extraída do bagaço de cana é do tipo G-S, as diferentes formas de extração e secagem não provocaram alterações na estrutura da lignina.