Este estudo tem por objetivo avaliar e estimar as potencialidades das reservas subterrâneas do SASG, bem como apresentar as perspectivas sobre o abastecimento público futuro de Londrina-PR considerando o uso exclusivo das águas subterrâneas, em comparação ao atual cenário voltado principalmente para utilização de mananciais superficiais. A análise foi realizada a partir de dados levantados do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) e da empresa de saneamento município. As bacias utilizadas nesse estudo foram as do Ribeirão Cambé, Ribeirão Cafezal e Ribeirão Lindóia. Foram inseridos apenas poços tubulares profundos que possuíam vazões (Q) maiores que zero, totalizando 208 poços. A análise cadastral de cada poço, revelou uma vazão média de 8,8 m³/h na bacia do Ribeirão Cafezal, sendo esta a maior registrada dentre todas. Verificou-se que 140 poços (67,31%) possuem Q ≤ 10 m³/h e que apenas 18 poços (8,65%) possuem vazões consideradas excepcionais, ou seja, Q ≥ 50 m³/h. A partir de dados da empresa de saneamento levantou-se o volume produzido atualmente no município, sendo este de aproximadamente 5,5 milhões de m³/mês, onde apenas 8% é proveniente da exploração subterrânea. Entretanto, o custo de produção se mostrou mais baixo, em torno de 0,18 R$/m³ enquanto o de águas superficiais foi de 0,69 R$/m³. Conclui-se que os mananciais subterrâneos são uma grande oportunidade de exploração como fonte principal de abastecimento para o município.