OBJETIVO: Considerando o modelo de gerenciamento de resíduos sólidos adotado por muitos municípios brasileiros, uma maneira de reduzir a quantidade de materiais plásticos que permanecem nos aterros sanitários por muitos anos até a sua degradação é com a utilização de produtos degradáveis em curto prazo, como sacolas plásticas biodegradáveis. Estas, uma vez sendo compostáveis, podem ser incorporadas aos resíduos orgânicos em processos de compostagem, resultando num composto orgânico homogêneo e rico em nutrientes. Neste sentido, objetivou-se avaliar a descaracterização dos biopolímeros e o comportamento da relação C/N no decorrer do processo de compostagem. MÉTODOS: Foram montados 4 reatores contendo 36 L de resíduo orgânico domiciliar e 60 L de poda de árvores. Em 2 foram inseridos biopolímeros a base de amido, glicerol e PLA e em outros 2 reatores, biopolímeros com a mesma composição, porém acrescidos de casca de aveia. O estudo foi conduzido por 60 dias e realizou-se análises de C/N no início e no final do experimento. A descaracterização dos biopolímeros foi registrada com fotos e medição do tamanho dos fragmentos ao final do processo. RESULTADOS: A relação C/N reduziu em todos os reatores e atingiu valores que caracterizam compostos maturados. Os biopolímeros foram visivelmente degradados e tornaram-se mais quebradiços. CONCLUSÕES: Do ponto de vista da obtenção de adubo orgânico, a realização de compostagem de resíduos orgânicos e podas de árvores misturados a biopolímeros mostrou-se viável, validando a proporção utilizada de cada resíduo no início do processo. Os biopolímeros a base de aveia apresentaram maior degradação.