O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da inoculação de sementes com Azospirillum brasilense nos componentes de rendimento de plantas soja submetidas ao déficit hídrico. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Dois Vizinhos, na safra 2016/17. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualidado, com cinco repetições. Os tratamentos foram constituídos pela combinação de três genótipos de soja (M 6210 IPRO, DM 6563 IPRO e Embrapa 48), dois regimes hídricos (irrigado ou com restrição hídrica) e duas situações de inoculação com A. brasilense (sem inoculação ou com inoculação). A semeadura das cultivares ocorreu em vasos contendo solo e a irrigação foi realizada até o início da floração. Posteriormente, a irrigação foi suspensa por três dias nos vasos que receberam a restrição hídrica, sendo retomada após este período. Ao final do ciclo da cultura, foram avaliados os parâmetros altura de planta, número de vagens e número de grãos por planta e massa de grãos por planta. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro. O estresse por déficit hídrico de curta duração promove alteração no número de vagens e de grãos das cultivares DM 6563 e Embrapa 48, sem, no entanto, interferir na massa de grãos produzida por planta. A inoculação das sementes com A. brasilense não altera os componentes de rendimento de plantas de soja submetidas à restrição hídrica.