Portal de Eventos Científicos da UTFPR (EVIN), XXIII Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UTFPR

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Monitoramento de partículas atmosféricas finas em diferentes modais de transporte na megacidade de São Paulo
JOÃO EDSON DANZIGER FILHO

Última alteração: 2018-11-29

Resumo


Em agosto de 2017, coletamos dados de poluição do ar em ciclovias e metrô da megacidade de São Paulo, com o objetivo de avaliar a exposição pessoal ao material particulado. As concentrações do número de partículas (CNP) e black carbon (BC) foram usadas como indicadores da qualidade do ar na ciclovia da Avenida Paulista e de uma rua secundária, bem como nas linhas verde e amarela do metrô. Operamos amostradores portáteis com alta resolução espaço-temporal para identificar os gradientes de concentração ao longo das rotas. As coletas mostraram que alguns trechos da Av. Paulista podem ser cerca de três vezes mais poluídas do que uma rua menos transitada. No metrô, encontramos elevadas concentrações de BC e CNP (máximos de 14 mgm-3 e 5x104 #cm-3) no trecho entre a Consolação e Luz. A linha amarela foi em média mais poluída que a linha verde (BC = 8,5 vs. 7,0 µgm-³). As concentrações foram menores nos trens do que nas estações, como consequência da filtragem do ar pelo sistema de ar condicionado a bordo, e ao efeito pistão que transporta partículas pelo trem em movimento. Como o BC é um poluente oriundo da combustão, e o metrô de São Paulo é elétrico, nossa hipótese é que esses poluentes provêm do tráfego veicular e penetram os túneis. Concluímos que as ciclovias devem ser instaladas em ruas com pouco trânsito e que as concentrações no metrô poderiam ser amenizadas com ajuda de um sistema de filtração de ar e/ou melhor ventilação de ar fresco.

Palavras-chave


Poluentes atmosféricos; Black carbon; Monitoramento móvel; Ciclovia; Metrô.