A rotação soja/trigo é uma das estratégias mais adotadas pelos produtores no sul do Brasil. Nesta rotação, existe uma janela de cultivo entre os meses de março a maio que o solo geralmente fica em pousio, aonde podem ser cultivadas plantas de cobertura. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento e acúmulo de biomassa verde se seca de quatro diferentes plantas de cobertura ao longo do seu ciclo de produção semeadas após a colheita da soja. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, no esquema fatorial 4 X 5, com quatro repetições. As plantas de cobertura utilizadas foram: crotalária juncea (Crotalaria juncea), Urochloa (Urochloa ruziziensis), milheto (Pennisetum glaucum) e trigo mourisco (Fagopyrum esculentum). As avaliações foram realizadas em 5 coletas de material vegetal de cada parcela, sendo nas datas de 02, 16 e 30 de abril, 11 e 28 de maio. Aos 45 dias após semeadura (DAS), o trigo mourisco e o milheto se destacaram apresentando maior precocidade e produtividade de matéria seca que a Crotalária juncea e a Urochloa ruziziensis. A máxima produção de biomassa do trigo mourisco aconteceu aos 60 DAS, enquanto as demais espécies apresentaram ainda potencial de acúmulo de biomassa. O milheto foi à espécie que apresentou a maior produção de biomassa, sendo que as outras três espécies não diferiram entre si.