No Brasil, os pinos metálicos, caracterizados por pregos e parafusos, são utilizados com frequência nas ligações em elementos estruturais de madeira. Quando as ligações são realizadas com múltiplos conectores posicionados em linha, na mesma direção da força atuante, os mesmos nem sempre são mobilizados igualmente, ou seja, alguns podem ser mais solicitados que outros. A esse comportamento dá-se o nome de Efeito de Grupo. Neste trabalho são realizados estudos teóricos e experimentais sobre o efeito de grupo em ligações de madeira utilizando parafusos sextavados passantes, com porca e arruelas. São identificados e discutidos os fatores que influenciam o Efeito de Grupo, como espaçamento entre os conectores, elbeltez dos conectores, propriedades mecânicas da madeira e do aço, entre outras. Foram realizados ensaios em corpos de prova de ligações com madeira da espécie Garapeira (Apuleia leiocarpa), variando a quantidade de parafusos em linha de um até oito. Os estudos indicaram a necessidade de revisão do modelo brasileiro, haja vista que o mesmo produziu resultados contra a segurança. Quanto ao modelo da norma europeia, os resultados indicaram que o mesmo produz resultados satisfatórios para maiores quantidades de parafusos, mas distintos para quantidades menores. Considerando que é mais frequente o uso de ligações com apenas dois parafusos em linha, o modelo da norma europeia também não se mostrou adequado, corroborando com alguns resultados da bibliografia.