A incorporação de fibras vegetais em argamassas é uma alternativa de aproveitamento das plantas de sistemas de wetlands construídos que contem poluentes em sua composição. Neste trabalho foi avaliado o uso de fibras da macrófita aquática Eichhornia crassipes em argamassas cimentícias. Para isto, foram determinadas as propriedades físicas densidade real, comprimento, largura, absorção e porosidade das fibras e realizados ensaios de resistência à tração na flexão, resistência à compressão e absorção de água das argamassas. Foram confeccionados corpos de prova em triplicata com incorporação de fibras em 0,1, 0,2 e 0,3% (em relação à massa de cimento) e referência (sem fibra) em moldes metálicos retangulares de 160 x 40 x 40 mm com traço de 1:3:0,46 (cimento, areia e relação água/cimento). A absorção de água foi menor nos CPs de referência (5,1%) comparado aos CPs_0,1% (7,7%), CPs_0,2% (7,5%) e CPs_0,3% (7,9%). O CPs_0,2% apresentou maior resistência à compressão (31,6 MPa) e à tração na flexão (7,1 MPa), representando aumento de 8,54% e 5,05% em relação ao CP_R. Utilizadas nas proporções adequadas, as fibras agregam valor ao compósito, tornando assim, as argamassas cimentícias alternativas viáveis para o descarte das plantas contaminadas.