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Otimização da extração de gelatina obtida de coprodutos de tilápia (Oreochromis niloticus)
Última alteração: 2019-04-01
Resumo
A aquicultura brasileira gradualmente vem se especializando na criação e na exploração da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) devido às condições de boa adaptação da espécie em diferentes ambientes. Durante o ciclo de produção ocorre uma heterogeneidade no crescimento dos peixes, e esta incoerência com o peso comercial acarreta descartes gerando resíduos que se somam aos coprodutos da filetagem resultando em mais da metade do peso dos animais. Um destes resíduos é a pele de tilápia, que possui alta qualidade nutricional e é uma fonte de obtenção de gelatina, produto comercialmente interessante. Para otimização da gelatina, realizou-se o tratamentos das peles de tilápia para as extrações e avaliações físico-químicas. Por meio do Método Cúbico Especial e planejamento simplex-centroide, elaboraram-se permutações entre quatro reagentes nas devidas concentrações: Butanol (15%), Ácido Acético (0,8%), Ácido Clorídrico (0,8%) e Peróxido de Hidrogênio (35%). A umidade foi verificada abaixo de 9,6% e o valor de cinzas oscilou entre 1,84 a 3,95%. Não houve diferença significativa no percentual de proteína entre os tratamentos, e o emprego do butanol conseguiu reduzir a quantidade de lipídeos totais da gelatina em até 0,4%. Os parâmetros L* e b* variaram respectivamente de 67,41 a 86 e de 18,47 a 28,9, apresentando-se assim translúcido e tendendo ao amarelo. A extração idealizada pelo software foi reproduzida (23,81% de butanol e 76,19% de ácido clorídrico), resultando em uma porcentagem de lipídios coerente com o modelo (0,367%) e a força de gel (Bloom) verificada da gelatina foi de 353g.
Palavras-chave
Otimização, Extração, Gelatina, Tilápia, Coprodutos.
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