Última alteração: 2020-09-20
Resumo
A produção de resíduos, sejam eles domésticos ou industriais, é inevitável. Cabe às autoridades gerenciadoras a responsabilidade de analisar o quão nocivo esses efluentes podem ser ao ecossistema que receberá o seu descarte. O presente trabalho avaliou a ecotoxicidade aguda de um efluente sanitário sintético usando como organismos-teste Daphnia magna e Lactuca sativa (alface). Os bioensaios com D.magna foram realizados segundo a NBR 12713/2016. Os ensaios com Lactuca sativa foram realizados segundo Young et al. (2012). Nossos ensaios evidenciaram o caráter tóxico para D. magna. No 1º ensaio o fator de toxidade foi 4, já o 2º e 3º ensaio apresentou fator de toxicidade 2. O excesso de matéria orgânica, causando a eutrofização do meio, pode ter sido responsável pela toxicidade da amostra, além de um possível mascaramento dos componentes do meio ocasionados pelos compostos do efluente. Nas diluições que não houve imobilidade dos organismos, foram identificados danos morfológicos. Para as sementes não houve caráter tóxico, contudo, observou-se um mecanismo de defesa nas radículas e uma diminuição de 0,10 cm de crescimento médio delas. O presente trabalho apresenta resultados preliminares. Contudo, já indicam que o efluente sanitário sintético causa desequilibrios ambientais. Reafirma tamanha importância do tratamento prévio antes do seu descarte.