O maracujá é um fruto muito cultivado no Brasil e sua produção se estende em vários estados do país. O intuito deste trabalho foi agregar valor a um resíduo que seria descartado por uma indústria de polpa de fruta extraindo lipídio da semente de maracujá. O processo de extração foi baseado no método de Bligh & Dyer empregando uma abordagem com solventes menos tóxicos, substituindo o clorofórmio e metanol por hexano e etanol. Buscando uma melhor condição de extração, as temperaturas e tempo de agitação foram variadas. Além disso, utilizou-se a lipase, uma enzima que catalisa a hidrólise de triacilgliceróis a diacilgliceróis, monoacilgliceróis e ácidos graxos, além de glicerol. A extração teve melhor eficiência em pontos de 15 minutos sob a temperatura de 45 e 60 °C. Como em condições ambientes os lipídios podem sofrer degradações, lipossomas foram usados para incorporarem o óleo extraído, protegendo assim os compostos bioativos principais do óleo, por meio da injeção de etanol, avaliando sua polidispersidade e seu diâmetro hidrodinâmico.