Última alteração: 2020-11-04
Resumo
Devido a sua alta biocompatibilidade, há anos o titânio tem sido utilizado como biomaterial. O metal possui baixo módulo de elasticidade, diminuindo a taxa de rejeição, maior resistência a corrosão e também apresenta crescimento espontâneo de camada de óxido (TiO2) em sua superfície, o que melhora a osseointegração. Para melhorar essas propriedades, técnicas como a oxidação a plasma eletrolítico (em inglês, PEO) foram desenvolvidas. O processo estimula a formação de poros na superfície do metal, favorecendo a ancoragem óssea. Este trabalho tem como objetivo estudar a variação do tempo e da concentração do eletrólito no tratamento de amostras de Ti-6Al-4V submetidas ao processo de oxidação a plasma com corrente contínua. Os eletrólitos foram utilizados com as seguintes concentrações: 0,5M de H2SO4 (ácido sulfúrico) com 0,25M de H3PO4 (ácido fosfórico) e 1M de H2 SO4 com 1,5M H3PO4. As amostras foram tratadas por 60, 90 e 120 segundos, a uma distância de 50 mm do contraeletrodo, com tensão de 180 V. As análises foram realizadas no MEV (Microscopia eletrônica de varredura), dentro da UTFPR. Os resultados apresentaram crescimento de camada de óxido em alguns pontos das amostras analisadas, porém o tratamento realizado não apresentou resultados adequados para aplicação biomédica.