A mandioca é uma importante fonte de amido produzida no Brasil, a partir da qual pode-se obter dextrina tartarato mediante hidrólise do amido com tratamento térmico em presença de ácido tartárico. Estudos apontam que dextrinas podem apresentar propriedade prebiótica, ou seja, não ser digerida nem metabolizado no trato digestório humano, resultando em alterações positivas na microbiota intestinal e, consequentemente, beneficiando o organismo humano. Assim, o estudo teve como objetivo avaliar a resistência da dextrina tartarato de mandioca frente às condições do trato digestório humano em condições in vitro. As amostras de dextrina tartarato de mandioca, juntamente com os controles positivos para prebioticos (inulina e oligofrutose), nas concentrações de 15 g.L^-1 e 30 g.L^-1, foram submetidas a quantificação de carboidratos totais antes e redutores antes e após a digestibilidade in vitro para, a partir destes resultados, calcular o grau de hidrólise. A dextrina tartarato de mandioca apresentou maior resistência quando utilizada em concentrações de 30 g.L^-1 (12,01 ± 0,67%). A resistência a digestão é um dos parâmetros empregados para se afirmar o efeito prebiotico de uma substância em estudo; portanto, esses resultados demonstram um provável potencial uso da dextrina tartarato de mandioca como prebiótico.