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A naringenina é um polifenol encontrado em frutas cítricas e tem sido investigada devido suas atividades farmacológicas. No entanto, a baixa solubilidade em água e a instabilidade fisiológica limitam o uso da naringenina em aplicações terapêuticas ou em alimentos nutracêuticos. Uma alternativa para melhorar a atividade deste composto é o uso de técnicas de nanoencapsulação. O objetivo do trabalho foi nanoencapsular a naringenina utilizando-se Poloxamer 407 como encapsulante, verificando a efetividade do método e a interação entre o composto bioativo e o encapsulante. As nanopartículas foram obtidas através da técnica de dispersão sólida. Para a caracterização das nanopartículas foram realizadas análises de Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC) e Espectroscopia no Infravermelho (FTIR), e para verificar a interação entre a naringenina e o encapsulante foram realizadas análises no UV-Vis. A ausência do pico de fusão do composto encapsulado e o deslocamento do pico do P407 nas nanopartículas indicaram a eficiência da encapsulação, assim como a identificação de picos característicos de ligações químicas nos espectros de FTIR. A análise no UV-Vis comprovou a interação entre os compostos devido a mudanças no espectro de absorção da naringenina. Os resultados encorajam a continuação das pesquisas no sentido de formular alimentos contendo a naringenina encapsulada.

Nanoencapsulação; Compostos bioativos; Dispersão sólida; Alimentos nutracêuticos.